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Toddynho saiu de fábrica na Grande São Paulo com detergente     

 

Pela primeira vez, a PepsiCo admitiu que houve falhas no processo produtivo em sua fábrica de Guarulhos (Grande São Paulo). O erro fez com que embalagens de Toddynho contivessem produtos de limpeza em vez de achocolatado.

Toddynho tinha pH parecido com o de soda cáustica, afirma laudo
Casos de reação a Toddynho chegam a 29 no Rio Grande do Sul

"A máquina produziu um pequeno lote que não tinha Toddynho. Era uma solução que nós usamos para lavar a máquina: água e uma concentração de detergentes de 2%", diz Vladmir Maganhoto, diretor da unidade de negócios Toddynho da PepsiCo.

"Pode conter soda cáustica", completou ele. Até agora, mais de 20 pessoas ingeriram o líquido em caixinhas de Toddynho em 11 cidades do Rio Grande Sul.

Maganhoto só deu entrevista após saber que a Folha ouviu de um funcionário da fábrica que um dispositivo defeituoso provocou o erro. Antes disso, a PepsiCo só emitia notas para a imprensa.

Sobre o problema, o diretor informou apenas que "houve uma falha no processo produtivo como um todo" e que a empresa está levantando evidências para que o problema não se repita.

Na linha de montagem da fábrica --que funciona 24 horas e produz 1,1 milhão de unidades de Toddynho por dia--, o achocolatado já pronto é levado dos tanques, por tubulações, até nove máquinas que envasam o produto.

Um dispositivo detecta quando o tanque está vazio e interrompe o processo. Isso permite a lavagem automática do tanque sem que os produtos de limpeza sejam envasados. O funcionário ouvido pela Folha disse que a falha ocorreu nesta etapa.

Maganhoto confirma que houve um problema no dia 23 de agosto, mas não precisou o tipo de anormalidade.

  Editoria de Arte/Folhapress  

QUATRO MINUTOS

Segundo ele, o problema só foi percebido depois de quatro minutos do início da lavagem do tanque, quando funcionários viram as embalagens saindo quentes da esteira e interromperam o funcionamento da máquina.

O diretor diz que funcionários descartaram "uma grande parte" do que tinha sido envasado, porém 80 caixinhas de Toddynho podem ter saído da fábrica com o líquido da limpeza. A empresa tenta retirá-los do mercado.

Maganhoto diz que agora a prioridade é ajudar as vigilâncias sanitárias e as vítimas, mas que é prematuro discutir sobre indenizações.

As vigilâncias sanitárias estadual e municipal de São Paulo estiveram na fábrica quatro vezes desde sexta. Os órgãos vão elaborar um relatório, ainda sem data para ficar pronto.

Gay agredido na Paulista, em São Paulo, volta a ser internado

 

O supervisor financeiro J.P., de 30 anos, que foi agredido na região da Avenida Paulista no último sábado, voltou a ser internado esta semana. Segundo o Hospital Nossa Senhora de Lourdes, localizado no Jabaquara, zona sul de São Paulo, ele está em um apartamento.

Ele e seu companheiro, o analista fiscal Marcos Paulo Villa, de 32 anos, alegam terem sido agredidos com socos e pontapés por dois homens que os seguiram desde o Sonique Bar, na Rua Bela Cintra, de onde eles haviam saído. O caso aconteceu em frente ao restaurante Mestiço, na Rua Fernando de Albuquerque. J.P. teve a perna direita fraturada em dois pontos. A agressão está sendo investigada pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).

 

 

 Dezenove famílias de vítimas do voo 447 encerram acordo para indenização da Air France

Dezenove famílias de vítimas do acidente com o voo 447 da Air France, ocorrido em maio de 2009, aceitaram propostas de indenização negociadas com a companhia aérea. Os acordos foram construídos dentro de um grupo composto com a participação do Ministério Público do Rio e Ministério da Justiça, os trabalhos foram encerrados na tarde desta quinta-feira (6) com assinatura de termos no MP. Os valores não foram revelados.

A procuradora de justiça do Rio, Nádia de Araújo, uma das coordenadoras que participaram das negociações, informou que os valores das indenizações não seriam informados por se tratarem de acordos sigilosos. Segundo Nádia, porém, os valores tiveram como parâmetro as maiores indenizações já pagas em casos de acidentes semelhantes julgados pelo Superior Tribunal de Justiça.

“As pessoas acham que podem ganhar mais na Justiça do que se aderirem a um acordo como esse, mas acordos extra-judiciais podem ser mais vantajosos”, afirmou Nádia. “A Justiça tem um processo mais lento com seu sistema de recursos. Até aqui, por exemplo, apenas uma ação judicial foi julgada em segunda instância” disse.

Foram 76 pessoas beneficiadas que já receberam as indenizações, o que não as impedem de acionar a Justiça. Mas para o procurador geral do MP, Cláudio Lopes, a aceitação do acordo torna mais difícil este caminho.

Das 228 vítimas do voo 447, havia 58 que tinham parentes brasileiros, dessas 19 resolveram aderir ao grupo formado para negociar o acordo. Os valores foram negociados caso a caso levando em conta situações distintas de entendimentos por danos morais e materiais. Houve também a participação de intermediadores como representantes da Ordem dos Advogados do Brasil e Procon.

Familiares

Os parentes das vítimas que aderiram ao acordo não estavam presentes no encerramento do grupo, mas Nelson Faria Marinho, presidente da associação das vítimas do voo, esteve presente na reunião. Ele não aderiu ao acordo, mas aproveitou a ocasião para fazer uma apelo ao procurador geral do MP que intervenha para ser recebido pelo procurador geral de Justiça.

Ele disse esperar que a Justiça brasileira passe a avaliar um documento do sindicato dos pilotos franceses que traz considerações críticas sobre os sistemas operacionais do Airbus A330, modelo da aeronave do voo 447.